INTROSPECÇÃO
Olhei o céu e penseique ele nunca poderá ser totalmente calmo. Fui eu mesma que pensei? Já não sei...Porque um dia li de Vinicius de Moraes um salmo...Não, não, um poema...E ele dizia exatamente da inexistência dessa calmaria...E ele não blasfema...Também penso não ter sido fantasiaquando ele disse que sentia na sua alma a dor do céu.De fato ele estava certoporque também sinto essa sua dor ao léu.Porque no céu tudo me parece tão incerto!E é raro estar totalmente azul tão celeste!Há sempre nuvens que passam cinzas ou brancaslentas ou apressadas... É assim que se vestenos dias de tempestades ou nas manhãs francas. O céu não poderá ser sempre calmo de fato.E quando passei a olhá-lo foi que noteique detrás de seu azul há mais que um ato...E foi assim que eu penseina minha própria almae que a dor do céu vive bem no centro... É porque nunca estou totalmente calma.Há azul e trevas aqui dentro...
Inspirado no poema introspecção de Vinicius de Moraes
Imagem: google
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 29/05/2015