Pedaços de Mim
Precisava juntar meus pedaços, escolhi as palavras...
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Textos


Chega um tempo...

 
Chega um tempo que se abrem as feridas...
A gente se engana se as pensam esquecidas...
É como uma velha árvore, cujo caule
já sentiu a força bruta do machado.
Um dia, o cerne que fora maltratado
abre a sua dor na fortaleza do seu tale...
 
E tudo mais parece uma chaga viva
nascendo do âmago e pelos veios criva
alastrando-se pelas cascas indefesas.
Muitas vezes mata às vezes se cura...
Temo sua eternidade, contudo, essa loucura
que nos mantém às feridas presas...
 
É porque sei que quando são da alma
ocultam-se, mas algo sempre desalma
em algum momento, e prontas a sangrar...
Então latejam como fosse recente,
mas o que fortalece a nossa mente
é saber que a alma não vai mutilar...
 
 





( Imagem interessante de um caule ferido de eucalipto que fotografei no dia 23 de novembro de 2015, um domingo, na fazenda de meus pais. Interessante foi que olhando o tronco forte embora ferido pensei em nossas feridas e que elas apesar de expostas não nos podem derrubar. Somos fortes o bastante para suportar as feridas. Penso... Então fiz o poema no dia 24/11/2015 pensando justamente isso. Mas quero dizer que engana-se quem pensa que as feridas se apagam. Elas podem não doer, mas as cicatrizes ficam. E talvez possam até doer em algum momento porque o ser humano infelizmente é vulnerável e não apaga da memória as suas janelas traumáticas como nos disse Augusto Cury, psiquiatra e escritor. O que a gente tem que fazer é construir janelas positivas sobre elas. E claro isso não é fácil, mas é possível seguindo a teoria da cosntrução de pensamentos do próprio Auygusto Cury. Talvez, assim, as feridas não doam tanto. Desculpe-me escrever essas coisas, mas infelizmente sou assim e às veze penso que preciso justificar o que escrevo, o que penso... )
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 07/12/2015
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