MEU VELHO RIO
Segue tuas águas um vagar incessante;Não sabes que teu percurso é extenso,Nem se dá conta sequer por um instanteQue nasceste pequeno, embora imenso.
Segue assim sereno rumo ao mar;Não sentirás saudade assim como eu,Da gaivota branca a te sobrevoar,Das árvores que vergam ao leito teu.
Não sentirá saudade dos canoeiros,Dos seixos de tua distante nascente;Segue assim destemido e aventureiroRegando várzeas, nascendo a semente.
À tua margem reina a natureza plena,Mas caminha sempre com a solidão;Ora sossega, ora transborda, e minha penaTransforma em versos sua infinita oblação.
( Imagem da autora- refere-se ao meu velho Rio Paranaíba- parte de uma ilhazinha que faz parte da fazenda de meu pai- foto clicada em 15 de setembro de 2013)
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 29/10/2013