AMOR DE INVERNO
E quando o fogo propaga na lareirareacendem-se os pactos...Palavras crepitadas entre vinhos e beijos;entre a maciez da lã e dos toquesinflamados de desejos...Estranho... Quebra-se o gelo do silêncio...Das distâncias... Das contradições... Tudo se desmancha de mil maneirassobre o tapete felpudo;em risos e gemidos... Ilusões...Os trajes rasgados, sobretudo...Lanhos de renda... Pérolas espalhadasnos cantos... no chão frio... E nas veias o sangue fervente, sem briochia feito a seiva da madeira...Fogo e madeira... Tudo tão efêmero!Até mesmo as palavras... Promessas...E quando a chama se apaga inteira,a lenha torna-se cinzaassim como as doces juras... E do amor... apenas flocos de neve teimam em equilibrar-se nas alturas...nos cumes brancos... ou nos vales e barrancos...Desmanchando-se na rotina...
( Imagem: google)
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 24/07/2014