IMAGEM PROPRIA: gatinho da fazendaSÓ EU...
Sou só eu e o “eu” cortante e frioComo sonata lírica que ecoa ao leu,No coração solitário de um gentio,Nas palavras de um triste menestrel.
Como vivente do tempo perco o brioA angústia no peito faz um escarcéu.Sou só eu e o “eu” cortante e frioComo sonata lírica que ecoa ao leu.
Leio Camões... inspirações eu crio...Nos versos que nascem tiro meu véu,Premissas que afastam meu fastio.A solidão absurda é meu próprio céu.Sou só eu e o “eu” cortante e frio.
IMAGEM PROPRIA: gatinho da fazendaSOLIDÃO
A solidão ergue-se como vapor da terra,Revoa a alma... Cai a chuva em estribilho.Ouço lamentos de uma distante guerraE o silêncio de passos sobre o velho trilho.
No vazio surdo de um “eu” que se enterra,Canhões ribombam feixes de atilho...A solidão ergue-se como vapor da terra,Revoa a alma... Cai a chuva em estribilho
Vejo o mar onde a estrada se encerra.Resignada e só em meu tombadilho,Enquanto as brumas cobrem a serra,Suspiro os passos de um “eu” andarilho.A solidão ergue-se como vapor da terra.
IMAGEM PROPRIA: gatinho da fazendaVISCERAL
Deixe-me olhar através de sua alma pura,Penetrar o âmago de teu mais íntimo ser.Quero enxergar sua bondade e ternura,Inebriar-me em teu sentimento e querer.
Ah! Envolva-me nessa latente loucura,Nessa junção de carnes e almas a padecer.Deixe-me olhar através de sua alma pura,Penetrar o âmago de teu mais íntimo ser.
Afoga-me em seus sonhos sem censura,Em seu poço de desejo e louco prazer...Viaje meu infinito, minha forjada candura,No sangue de tuas veias quero me perder.Deixe-me olhar através de sua alma pura...
IMAGEM PROPRIA: gatinho da fazendaSONHO DE POESIA
Desde que nasci, persegue-me a poesia,Esses meus versos sôfregos de acalanto;Das palavras aspiro sua doce maresiaE satisfaço-me com seu mágico encanto.
Olho a realidade e o que mais eu queriaEra encher o mundo obscuro desse canto;Desde que nasci, persegue-me a poesia,Esses meus versos sôfregos de acalanto;
Ah! Vão-se nossos louros anos a porfiaDe um tempo que já não joga o manto;Pudera em versos o pecado ganhar anistiaE enxugar do rosto as marcas do pranto.Desde que nasci, persegue-me a poesia.
IMAGEM PROPRIA: gatinho de rua que apareceu em minha casa. Já tinha me apegado a ele, mas sumiu depois que lhe dei um banho, pois estava mega sujo. Saudades dele.AMOR ANÔNIMO
Persiste esse amor em meu peitoComo ardor... uma dor intensaQue dia a dia rejeitoOh! Essa é minha recompensa!
Quis-te tanto, mas não tem jeito,Essa tua distância é imensaPersiste esse amor em meu peito;Como ardor... uma dor intensa.
A luta por esse amor levo a eitoSei que em mim jamais pensa;Oh! Que fazer desse pleitoQue minha razão não dispensa?Persiste esse amor em meu peito.
JUSTIFICATIVAS
Olá queridos amigos recantistas. Espero que esteja tudo bem com todos. Fiquem quase três meses sem vir aqui. Muitas saudades. Estive às voltas com a reforma de minha casa. Agora tenho minha casa própria depois de 31 anos. Então estive muito cansada, pois sou sozinha pra resolver tudo já que meu esposo não consegue mais me ajudar. Ainda não estou totalmente equilibrada do cansaço, mas voltarei ao normal. O importante é que estou em minha casa própria e feliz. Inspiração poética também ainda está viajando e por isso postei rondeis que já estavam escritos desde 2014 e fazem parte de meu livro LITANIAS DA ALMA que imprimi para guardar , mas não levei a público. E assim vamos seguindo...