Pedaços de Mim
Precisava juntar meus pedaços, escolhi as palavras...
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Meu Diário
12/06/2017 13h13
SEGUNDA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2017

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SEGUNDA- FEIRA 12 DE JUNHO DE 2017

 

Ontem eu não escrevi e tive motivos para escrever, mas não tive tempo embora fosse domingo. Teve dois momentos marcantes ontem. O primeiro foi quando fui à missa e na Capela São José Operário me deparei com o maravilhoso pé de Neve da Montanha junto ao muro e contracenando com o sol matinal e o leve friozinho. Uma cena tão linda que até o padre convidou todos a olharem o espetáculo. De fato a natureza é algo incrível e perfeito. Além disso, na missa me pediram para ler a segunda leitura que era de São Paulo e nela ele desejava a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sempre que vou à missa nessa capela, sinto-me em casa. As pessoas todas me conhecem e agora que meu esposo inventou de ir comigo mesmo com todas as dificuldades de locomoção, todos querem me ajudar com ele. Sinto-me de certa forma protegida. A missa do domingo é um momento único para mim.

Depois da missa fui ajudar minha irmã no banho matinal de mamãe.  Chegar lá e vê-la sempre dormindo mesmo durante o banho é algo que questiono, mas tenho tentado aceitar. Ainda mais que ontem mesmo o Padre Aureliano disse que tem coisas que são mistérios e não adianta tentar desvendá-los. A doença de mamãe é um mistério para mim e, embora me doa, tento aceitar já que os médicos disseram que não tem mais jeito.

Mas sobre o outro motivo para escrever foi triste. Quando cheguei para ajudar minha irmã, meu pai veio com a notícia de que minha prima Luciana tinha falecido. Fiquei completamente chocada porque era tão linda e jovem e de repente do nada um problema no fígado a levou. Foi para o pronto socorro no sábado de noite e faleceu no domingo de madrugada. Ainda custo a acreditar, mas também penso que não somos donos de nossa vida e chega um momento que Deus nos pede ela de volta. As formas às vezes são trágicas, absurdas, porque a morte, apesar de ser a única certeza que temos, ainda é absurda. Enfim...

Hoje é um novo dia e quando vim trabalhar e passava com meu velho fusca na Avenida do Córrego fiquei pensando que na Bíblia Deus nos pediu que fossemos alegres sempre apesar das dificuldades. Então eu quero tentar ser mais alegre. Não por causa das coisas mundanas, pois estas, com certeza não nos completa e às vezes só trás tristezas. Mas quero ser alegre pro Deus porque só ele me completa e me oferece coisas lindas, mesmo no meio das adversidades. Por exemplo, o pé de Neve da Montanha ao lado da Capela, a paisagem da Avenida do Córrego com vacas holandesas pastando calmas. Gosto de acelerar o fusca um pouco e sentir o ar no rosto. E hoje, imagine, teve o lindo canário no retrovisor do Fusca que não me deu tempo de capturá-lo pelo celular.  São coisas simples que preenchem a vida. Sobre mamãe, às vezes penso que ela não pertence mais ao mundo como minha madrinha Conceição disse, mas Deus tem o tempo dele para levá-la. Vai doer, mas tem coisas que não posso interferir.

Bem, mas hoje depois do almoço deixei o Fusca na Oficina para lanternagem e pintura de umas coisas que estava precisando. Uma semana vou estar a pé ou de bicicleta. Embora ainda fraca da gripe para andar, vai ser bom e vou poder olhar mais em volta de mim. Penso que quando olho em volta de mim, as coisas, as pessoas, a natureza, é para mim mesmo que estou olhando. Isso é bom e estou precisando...

Publicado por Sonia de Fátima Machado Silva
em 12/06/2017 às 13h13