101 SONETOS- DE AMOR OU DE PAIXÃO” é uma coleção que, como o próprio título indica, versa exclusivamente sobre esses sentimentos, que são, na verdade a razão da existência humana e inspiração dos poetas desde tempos remotos. E o mais lindo é que são versados na forma mais clássica da poesia que é o soneto, a paixão da autora. Quem ler essa coleção certamente irá se emocionar e libertar seus pensamentos e sentimentos. Afinal “paixão é fogo, e o amor é aragem, âncora, ternura...

“69 Poemas sensuais” é uma obra poética com belíssimos poemas sensuais , levemente apimentados, mas sem serem debochados, embora o título nos insinue o contrário. Foram escritos movidos por um desafio e confesso que o título foi de fato intencional. Quem conhece as tramas do sensual sabe bem dessa intencionalidade. Contudo, são poemas especiais porque a sensualidade e o erotismo é algo muito natural e lindo. Então considerei muito natural escrever poemas sensuais com certa doce de erotismo sem apelar para o deboche. Assim como Drummond também acredito que o amor e a sexualidade são, como algo único. Um não se separa do outro. Vale lembrar que tudo isso são partes constituintes de nós já dizia Carlos Drummond. A autora

Existe muito mais do que se possa imaginar em “Além dos versos”. Há uma forte presença de meu “eu” em cada criação, pois a grande maioria dos poemas nasceu de momentos vividos e, que de alguma forma, marcou minha vida: a partida de minha mãe e meu pai; devaneios e reflexões interiores; admiração às belezas da natureza como um pé de jacarandá florido, um ipê que floresce, apologia às cores e até mesmo reverências a vestidos florais criados só para serem usados na primavera...
Resumindo, “Além dos versos”, como o próprio título indica, vai além dos versos em si mesmos, da poesia impregnada, pois, possui a essência pura de momentos em que transcendi, ultrapassando meus limites individuais, para transmitir a quem por acaso ler, o que de fato senti em determinado momento.

“Eu e eles” trata-se de diálogos, cujos personagens são a própria autora e alguém imaginário a quem ela relata histórias de sua relação com alguns artistas, poetas, escritores... Dentre eles, Olavo Bilac, José de Alencar, Claude Monet. E outros mais que marcaram ou que se tornaram inspirações ao longo de sua trajetória de vida. As experiências dos relatos são reais. As informações também são reais. Ela só colocou uma pitada de fantasia.

“Eu e Minha Poesia” é a segunda coletânea de poesias de temas diversos da autora e faz parte da segunda fase de suas inspirações. Uma fase preocupada não somente com sentimentos, mas também com o amadurecimento da escrita, agregando-lhe, por conseguinte, mais beleza e sentimento.

Foi uma construção inspirada, mas, ao mesmo tempo, projetada, pois, poesia não é somente inspiração. É preciso dar a ela o retoque, a técnica... Inclusive de alma...

“Flocos de inverno” é o último volume dedicado às estações do ano e o criei exatamente no inverno para impregnar em meus versos todas as suas essências. Foi um trabalho desafiador, porque na minha mente o inverno está aquém do inverno de um pais essencialmente tropical. Ou seja, na minha mente, inverno está ligado ao frio rigoroso, essencialmente à neve. É um tempo em que se recolhe dentro de casa buscando o calor das lareiras e das pessoas. Eis porque as pessoas se aproximam mais nessa estação.

Além disso, o inverno para mim, representa também, a cinza da mocidade, ou seja, esse período de reflexão existencial do ocaso da vida. Nos dois casos, representa, contudo, uma fase em que se intensifica o processo de introspecção pessoal.

Desse modo foi preciso valer-me da imaginação para buscar as essências que a estação sugere à minha alma poética: brancura, frio, solidão, fim... Não foi preciso muito, confesso, porque descobri que, por natureza, sou também um ser invernal. Aliás, todo poeta é.

Portanto, ao viver todas as essências invernais em meus versos, na maioria meditativos, acabei por concentrar-me em minha própria existência. E isso foi muito bom.

Ao ler o romance “Foi o vento”, é possível perceber de forma praticamente explícita que a narrativa trás como reflexão, o sentimento do orgulho alimentado de forma negativa, o que, na trama, foi responsável por destruir laços e sentimentos da família de Lívia. O reconhecimento dos erros relacionados a esse sentimento só aconteceu depois de mais de vinte anos quando já era tarde demais para reconstruir laços. Apesar de o romance ser uma obra de ficção, reflete a realidade de muitas pessoas ou famílias, que, movidas pelo orgulho, acham-se acima dos outros e não reconhecem os próprios erros.

“Folhas de Outono” foi uma fase, apesar de ser uma ode ao outono. Um ciclo vivido em dois atos: de intempéries vividas e da própria estação de minha vida que considero já me adentrar, embora não me sinta descambando. Mas nem por isso chega a ser litanias ou lamentos apesar de exprimir sentimentos plangentes. De qualquer forma não foi esse o objetivo desses poemas. Os sentimentos apenas repercutiram em meus versos aliados ao outono, essa doce estação inspiradora e poética. E resumindo: eu, por natureza, sou um ser outonal. Policromático... Melancólico... Filosófico...

“Folhas de Outono” é, portanto, nada mais que uma ode em vários estilos poéticos, a essa estação que mais amo. E por essa razão convido-o a voar com suas folhas nos versos de minha poesia...

“Litanias da Alma” é uma coleção de rondeis, um gênero poético originário da poesia lírica francesa, essencialmente do Latim rotundu, cujas origens supõem-se remontar ao período medieval. Sua estrutura compõe-se de duas quadras ou quartetos (estrofes de quatro versos) e uma quintilha (estrofe de cinco versos), de forma que os dois primeiros versos da primeira quadra se repetem no final da segunda, e o primeiro verso da quadra inicial repete no fechar da quintilha. Uma espécie de estribilho que dá ritmo à poesia e a impressão de um pequeno círculo que se fecha.

Técnicas e histórias à parte “Litanias da Alma”, sem ser necessariamente uma ladainha, trás o lirismo e a plangência das preces impregnadas em cada verso, pois se neles anela toda a minha alma, a penetrar os átrios poéticos donde emanam as essências de meus sentimentos.

Essa coletânea de haicais é uma ode oriental às estações do ano. Porque oriental? Porque o haicai é um poema japonês que aborda especificamente o Kigô (uma das quatro estações do ano).

Trata-se de um poemeto popular conciso que expressa um determinado instante sentido pelo autor. Como um click de uma câmera. Por isso, respeita fielmente esse flash e a sua simplicidade, evitando metáfo-ras, mas que deixa algo no ar, permitindo ao leitor concluir à sua maneira a sensação do autor.

“Momentos em quatro Estações e Haicais” são meus clicks ao longo de um ano. Instantes reais e transitórios agora eternizados nessa coletânea.

“Pedaços de Mim” é uma coletânea de minhas primeiras poesias criadas esporadicamente desde que resolvi assumir minha identidade poética. Há umas três décadas, talvez...

Aqui tem realmente pedaços de mim em vários tempos e momentos. E por essa razão, é possível perceber que houve uma preocupação em deixar explícitos apenas sentimentos. Poetas têm dessas coisas como aconteceu com Álvares de Azevedo quando escreveu “Liras dos Vinte anos”.

Uma coisa eu confesso agora que termino essa edição: nessa longa fase eu ainda não entendia que poesia é metáfora pura. Esse jogo de sentidos que permite ambigüidades à leitura. Talvez, por isso ela não tenha saído tão perfeita como eu gostaria que tivesse sido. De qualquer forma, o tempo - nosso inimigo mais amigo - está cuidando de ensinar-me a jogar melhor com as palavras. Bem, finalmente posso dizer que:

“Pedaços de mim

ficam nessas folhas, eternas bolhas

do ar que respiro... transpiro

letras- palavras aladas, caladas

que gritam... meditam

o viver, o querer, enfim...”

Pétalas de primavera é um volume de poesias livres e nasceu em parte por causa de lembranças das margaridas dos velhos campos de minha infância. Descobri que ainda vivia dentro de mim um pouco daquela menina que as colhia despreocupada naquelas manhãs longes de setembro com suas “deliciosas histórias de vivas desimportâncias” como dissera algum poeta um dia. E foi tão bom ter descoberto isso agora e escrito, escrito... Pelas manhãs, pelas tardes e noites, todas essas doçuras contidas na primavera. E tudo se transformou em versos e se espalharam feito pétalas...

“Sensações” é uma coletânea de Medianeiros, um estilo poético de certa forma minimalista. O estilo foi criado recentemente pela poetisa Giovânia Correia que pretendeu dar asas à poesia em apenas três tercetos contendo em cada verso apenas três palavras. As rimas dão o encanto e o ritmo ao estilo. Em suma, há que se condensar no mínimo de palavras uma essência. Uma sensação, eu diria, que possa ser sentida pelo leitor.

“Sóis de Verão” é uma ode poética ao verão, um volume em que se revela a poesia livre. Não quis me prender a classicismos porque, embora sejam clássicas, entendo que as estações nos dão algo de liberdade. O verão em si trás ainda mais essa sensação de liberdade. Essa vontade de sair buscando sombras ou sol; de sair de guarda-chuva ou se molhar; vontade se estirar numa rede ou numa praia; liberdade de ficar lendo enquanto a chuva cai; liberdade de amar apenas uma noite, um dia, uma madrugada e depois partir sem correntes; liberdade de sonhar...

E em razão de tanta liberdade é que escrevi meus sóis de verão, cujos versos avançam pelas janelas, pelas portas, pelas frestas como o próprio sol..

“Sonetos ao Vento”, na verdade é um sonho que nasceu em fevereiro de 2008, quando dei à luz meu primeiro soneto. Sempre amei sonetos, desde que os li pela primeira vez, ainda criança. “Velhas Árvores” de Olavo Bilac foi o primeiro deles. Depois veio “Círculo Vicioso” de Machado de Assis. Depois outros... Porém, nunca havia me atrevido a escrevê-los até então, pois é um gênero difícil devido ao seu classicismo retratado nas métricas.

Arrisquei sabendo que as inspirações nem sempre são livres, mas presas em gaiolas classicistas, o que exige técnica e esforço para escrever. Apesar desse classicismo, hoje há certa liberdade... E acho que me atrevi por causa dessa liberdade. E nasceu “Sonetos ao Vento”, inspirado, talvez no vento que leva e traz tantas coisas.

“ Sonetos para um amor” não é necessariamente uma apologia ao amor perfeito como poderão notar aqueles que por ventura vieram a lê-los. São confidências, confissões. É um diálogo talvez, aberto, que se poderia fazer a quem se ama. A alguém com quem pudéssemos compartilhar todas as nossas dores e alegrias. Falar de tudo enfim... Porque o amor é assim: ele ouve, fala, suporta, perdoa, renuncia, sofre... O amor não é perfeito. Porque se fosse, não seria amor.

“Versos & Reversos” é uma coleção de Indrisos, uma modalidade poética inspirada no Soneto e criada pelo poeta espanhol Isidro Iturat.

Dizem que o Indriso é um filho bastardo do Soneto, embora não tenha herdado suas características rígidas como a métrica.

No Indriso, a métrica e a rima são livres podendo existir ou não. Contudo, possui uma forma fixa estruturada em dois tercetos (estrofes de três versos) e dois monósticos (estrofes de um verso), sendo que esses podem também se apresentar de forma estanques, ou seja, não possuir qualquer comunicação entre si embora precisem dar um toque condensado ao poema.

Os Indrisos só vieram cair em meu gosto em 2012 quando pude compreender sua essência: essa forma mais ou menos livre de expor sentimentos. Então juntei meus versos aos reversos que a alma poética grita. Nasceu Versos & Reversos...