Pranto de outono
Outono. Abro a alma defronte à janela;Miro a rua silenciosa e absortaChoro as folhas castanhas e amarelasA voarem c’o vento que me conforta.
Tal qual os versos da imortal “ Florbela”Clamo: oh,outono vem!... Desfolha-me e exortaMeu amor a beijar-me e nessa aquarelaQue eu seja o chão onde teu corpo se aporta.
“ O choro das saudades” cai e me exportaAos ventos e folhas... triste aquarela!...Outono vem!... Pinta-me nova tela.
“ Vulvas claridades” é o que me importaPra renovar a natureza morta;Outono vem!... Sem o pranto e querela...
( Inspirado no soneto “ Outono” de Florbela Espanca )Salve o outono! A estação do ano que mais amo. Nesse exato momento ele chega com uma cara diferente. Sem o tradicional friozinho e o vento. O tempo ainda está com cara de verão. Um calor de matar. Mas esse ano o outono me encontrou triste e estressada. Aqui em minha sauna( sala de escritório) recebo o outono com um certo desapontamento. Sinto falta do friozinho e do vento a me trazer inspirações poéticas. O que postei são inspirações ainda do ano passado. O ar está quente e parado e por sinal meu cérebro também. Mas tudo bem. Creio que logo ficarei bem. Abraços a meus amados recantistas que tenho, de certa forma deixado de visitar. Mas é só por um tempo. Por favor não se esqueçam de mim. Vocês são minha vida. Abraços e até...
( Imagem: google)
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 20/03/2014